Sobre o Matula

2ª MATULA FILM FESTIVAL – CINEMA E COMIDA

Matula evoca uma ancestralidade do cuidado alimentar nos interiores do Brasil. Um mergulho na história brasileira tão diversa mostra como nossa cultura foi forjada a partir da alimentação de diversos povos e etnias, desde os originários deste Pindorama até as personagens que habitam nosso rico imaginário da oralidade, da literatura, da música, da arte e, claro, do cinema.

Nossa matula não se refere apenas ao recipiente de preservar e transportar a comida de casa para o dia cheio da trabalhadora e do trabalhador brasileiro. É uma matula de memórias, de desenvolvimento de narrativas, anseios, angústias e prazeres que têm na comida o grande mediador nas histórias.

Por isso, a curadoria neste ano promove uma discussão a partir da própria protagonista do festival: Uma matula de símbolos e ancestralidades

Belo Horizonte se torna o palco que convida Minas Gerais, o Brasil – e o mundo – a se debruçar nas histórias de matulas contadas pelas lentes do cinema das mais diversas formas.

Realização

O MATULA FILM FESTIVAL é uma realização da Le Petit Comunicação Visual e Editorial, produtora responsável pelo já tradicional festival de cinema Curta Circuito e signatária da Women’s Empowerment Principles (WEPs) da ONU Mulheres, com o compromisso de fazer a diferença na igualdade de gênero e no empoderamento das mulheres no local de trabalho, mercado e comunidade onde atua. A direção geral do MATULA FILM FESTIVAL é assinada pela produtora Daniela Fernandes, sócia da produtora audiovisual Le Petit.

Em duas décadas de existência, a produtora Le Petit, de forma eficaz, tem contribuindo fortemente para o aumento da difusão e acesso contínuo aos nossos bens culturais. Consolida-se como uma empresa que valoriza o circuito de difusão de festivais com a realização de projetos estruturantes no estado de Minas Gerais, como as já tradicional mostra de cinema: CURTA CIRCUITO com 23 Edições.

Curadoria

Dentro do recorte curatorial: uma matula de símbolos e ancestralidades, a seleção do Matula pretende mergulhar nas ancestralidades e nas feminilidades das cozinhas do Brasil e nos seus símbolos estéticos e proféticos, produtores de beleza e de resiliência. A começar pela comida dos povos indígenas, que compartilham muitas características simbólicas, mas apresentam toda a riqueza da sociobiodiversidade do País. 

Vamos da força das mulheres nordestinas, das baianas de acarajé às escultoras de panelas de barro de Sergipe; das ruas do Rio de Janeiro às vias urbanas de Rondônia.

E como a matula é também um símbolo universal, agregamos duas produções estrangeiras de uma Europa camponesa.

Mas, claro, a cozinha mineira, esta eterna anfitriã, também será um destaque da curadoria, comprometida em dar voz às histórias do seu povo, mas também a fortalecer a produção cinematográfica, gastronômica e, no limite, cultural, do estado. 

O Festival é dividido em seis categorias: Mostra de filmes, Oficina Cozinha de Origem, Ciclo de Palestras, Mesas de debate, Tour e Circuito Gastronômico.

Guilherme Lobão é jornalista, professor universitário e se divide entre as paixões pelo cinema e pela gastronomia, atuando como pesquisador e crítico em ambas as áreas.

  • Realização

    Le petit

  • Website

    Penumbra design et web